O governo federal enviou ao Congresso Nacional uma proposta para aumentar o salário mínimo para R$ 1.630 em 2026, representando um reajuste de 7,37% em relação ao valor atual de R$ 1.518 . A medida está prevista no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que define as metas fiscais e prioridades do governo para o próximo ano.
Neste artigo, vamos explorar como esse aumento é calculado, seu impacto na economia e nas contas públicas, além de analisar as perspectivas para os próximos anos.
Como Será Calculado o Novo Salário Mínimo?
O reajuste do salário mínimo segue uma fórmula estabelecida por lei, que considera:
- Inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulada em 12 meses até novembro de 2025. A projeção atual é de 4,76%.
- Crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes (2024), limitado a 2,5% devido ao novo arcabouço fiscal .
A combinação desses fatores resulta no aumento de R$ 112, elevando o salário mínimo de R$ 1.518 (valor atual em 2025) para R$ 1.630 em 2026 .
Observação: O valor final só será confirmado em dezembro de 2025, após a divulgação do INPC de novembro .
Impacto nas Contas Públicas
O aumento do salário mínimo tem um efeito direto nos gastos do governo, já que diversos benefícios sociais são atrelados a esse valor. Segundo o Ministério do Planejamento:
- Cada R$ 1 de aumento gera um custo adicional de R$ 400 milhões no Orçamento .
- Com o reajuste de R$ 112, o impacto estimado é de R$ 44,8 bilhões em despesas obrigatórias .
Isso ocorre porque benefícios como:
✔ Aposentadorias e pensões do INSS (28,15 milhões de beneficiários)
✔ Benefício de Prestação Continuada (BPC)
✔ Abono salarial e seguro-desemprego
São todos indexados ao salário mínimo .
Projeções para os Próximos Anos
O PLDO também traz estimativas para os anos seguintes:
- 2027: R$ 1.724
- 2028: R$ 1.823
- 2029: R$ 1.925
Esses valores ainda podem ser ajustados conforme a inflação e o crescimento econômico.
Conclusão: Ganho Real vs. Sustentabilidade Fiscal
O aumento do salário mínimo para R$ 1.630 em 2026 busca garantir um ganho real acima da inflação, beneficiando cerca de 60 milhões de brasileiros que dependem direta ou indiretamente desse valor . No entanto, o governo precisa equilibrar essa política com as regras do arcabouço fiscal, que limita o crescimento dos gastos públicos.
A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, e o valor final só será confirmado no fim de 2025. Enquanto isso, trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais aguardam a definição oficial.
Fontes: G1 , Agência Brasil , O Globo .
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